Primeiro para compreender claramente o assunto que vou abordar aqui, entenda na integra oque é Justiça e Injustiça.
Definição de JUSTIÇA
A justiça pode ser definida como o princípio moral e jurídico que busca garantir o que é correto, equitativo e imparcial para todas as pessoas dentro de uma sociedade. Ela envolve a aplicação das leis com equidade, o respeito aos direitos individuais e coletivos, e a promoção do bem comum.
Existem diferentes formas de entender a justiça, entre elas:
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Justiça distributiva: relacionada à distribuição equitativa de recursos e oportunidades.
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Justiça retributiva: voltada à punição proporcional ao crime cometido.
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Justiça restaurativa: focada na reparação do dano causado e na reconciliação entre as partes.
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Justiça social: visa corrigir desigualdades estruturais e garantir direitos básicos a todos.
Filósofos como Platão viam a justiça como a harmonia entre as partes da alma e da sociedade; Aristóteles a via como dar a cada um o que lhe é devido. Já pensadores modernos a associam frequentemente a direitos humanos, igualdade perante a lei e dignidade da pessoa.
Definição de Injustiça
A injustiça é a negação ou violação da justiça. Em termos simples, é tudo aquilo que fere o que é certo, equitativo ou moralmente correto. Pode se manifestar de várias formas, como:
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Desigualdade de tratamento entre pessoas.
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Violação de direitos (como liberdade, dignidade ou propriedade).
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Punições desproporcionais ou ausência de responsabilização.
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Corrupção, discriminação ou opressão.
Assim como a justiça busca manter a ordem e o equilíbrio, a injustiça causa desequilíbrio, sofrimento e revolta. Pode ser algo individual (como acusar falsamente alguém) ou estrutural (como sistemas que favorecem determinados grupos em detrimento de outros).
Na visão filosófica, Platão considerava a injustiça como o caos e a desordem da alma e da sociedade. Em contextos jurídicos, é qualquer ação ou decisão que vai contra a lei e os direitos estabelecidos. No contexto bíblico, injustiça é frequentemente associada ao pecado, à desobediência a Deus e à opressão dos vulneráveis.
O que pode ser justo para um país, para outro pode ser considerado normal ou até mesmo injusto.
Por exemplo: nos Estados Unidos, pessoas com menos de 18 anos podem ser severamente condenadas, podendo até pegar prisão perpétua. Enquanto no Brasil, pessoas com menos de 18 anos podem até tirar a vida de outra pessoa e mal ficarem atrás das grades — e, quando completam a maioridade penal, têm seus nomes limpos, como se nunca tivessem cometido tal ato.
Outro exemplo: antigamente, meninas que já haviam menstruado podiam se relacionar sexualmente (isso ainda existe em algumas partes do mundo). Para aquela época, era considerado normal. Porém, hoje, é um crime.
Também era normal escravizar pessoas. Nem mesmo a Bíblia condenava tal ato diretamente. Mas hoje, isso é considerado um crime... e por aí vai.
O que quero dizer é que um mesmo ato pode ser considerado crime ou justo, dependendo do lugar e da época.
Muitas coisas do mundo espiritual parecem injustas para nós, meros mortais.
Por exemplo, uma pessoa pode passar a vida inteira prejudicando os outros, mas se ela se converter de seu mau caminho — mesmo que no último momento — ela pode ser salva, como foi com o ladrão crucificado ao lado do Senhor Jesus.
Enquanto isso, outras pessoas podem passar a vida inteira sacrificando suas vontades e ainda assim irem para o inferno.
Também pode parecer incompreensível que uma pessoa dos 11 aos 16 anos possa ser condenada ao inferno só por entender o que é certo e errado.
Imagine um estuprador que violentou brutalmente uma menina. Se essa menina guardar mágoa dele, ela pode ir para o inferno; mas o estuprador, se se arrepender verdadeiramente e se converter, pode ser salvo.
Aos olhos humanos, isso é absurdo e quase impossível de compreender.
De fato, é injusto segundo os nossos parâmetros. Mas para o Reino de Deus, não é.
Assim como as leis e costumes mudam de país para país, as leis e os princípios mudam do mundo material para o espiritual. Ou seja: um ser humano pode prejudicar muitas pessoas e ainda assim ser salvo; e uma pessoa que só foi prejudicada pode ir para o inferno se não perdoar quem a feriu.
A questão é: ninguém pode fazer nada a respeito.
Não importa o quão injusto você ache — a questão é obedecer sem questionar, ou desobedecer e sofrer eternamente, mesmo que você tenha sido uma pessoa caridosa e bondosa por toda a vida.
Não culpe seus pais por colocarem você no mundo.
Todos existimos porque tínhamos que existir. Caso contrário, as Escrituras Sagradas jamais se cumpririam.
A única escolha que temos é: obedecer ou não. Mas a trajetória já está predestinada.
Se não estivesse, não existiriam profecias.
Tudo depende da forma como você enxerga.
Por que ser rebelde e sofrer, se você pode escolher obedecer?
Talvez seja impossível para alguns compreender ou aceitar, mas a realidade é cruel:
não escolhemos nascer — e só temos duas escolhas: pagar o preço ou pagar o preço.